A saída de Porto Alegre já foi bem tumultuada pela perda da carteira do Juliano, que fez um berreiro pra ficar na cidade e não prejudicar os companheiros de banda com despesas extras. Decidimos que a trip não seria tão divertida se nosso batera não fosse junto, levamos o cara "na marra". Depois de algumas horas de viagem ele melhorou o humor e foi tudo mais tranquilo. Eu estava na direção e pude ver a cara de perplexos deles (Juliano, Caco e Gordinho) ao avistar o lago São Bernardo à noite e ao fundo o Hotel Cavalinho Branco. Aquilo não era nada comparado as belíssimas paisagens e animais que avistaríamos no Parque das Oito Cachoeiras, a maior concentração de cachoeiras do Rio Grande do Sul.
Logo que chegamos, lá por umas 23:00, fomos contemplados por uma lebre que rapidamente atravessou a frente de nosso carro e saltou agilmente rumo ao arbusto mais perto. Estávamos muito cansados e logo dormimos.
No dia seguinte estávamos sendo atentamente vigiados por uma grande cachoeira ao norte do nosso acampamento. Resolvemos sair logo cedo para enfrentar a trilha mais casca de todas, a trilha que nos levaria as Cachoeiras Gêmeas. Uma trilha que nos tomou sete horas de caminhada intensa, atravessando cachoeiras, pedras afiadas, mato fechado, precipícios e muitas teias de aranha.
Ao final da trilha, da qual eu já tinha sido derrotado dois anos antes, nos sentimos mais vitoriosos do que nunca. Uma sensação que poucas pessoas sentiram, fomos privilegiados.
No domingo saímos de São Chico rumo ao templo budista de Três Coroas, ao chegar em Taquara, meus dois pneus furaram em uma cratera no meio da estrada. Tivemos sorte e encontramos um borracheiro logo abaixo na estrada, o problema é que o resto dos guris tiveram que andar até a borracharia.
Depois de muita chuva e frio, resolvemos ir embora. Foi uma viagem que recarregou nossas baterias para o show de amanhã no Jekyll, que você poderá obter mais informações no post acima. Espero que todos compareçam amanhã. Bye.